domingo, 19 de setembro de 2010

Babel, por Brueghel e Robert Crumb





Passagem no "Genesis", de Robert Crumb (2009)














"Torre de Babel", Pieter Brueghel (1563)

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Avanços tecnológicos e algumas mudanças na educação.

Companheiros/as, posto artigo enviado ao blog do meu companheiro e amigo Serginho, do Mato Grosso do Sul, sobre os impactos e avanços da cultura digital no ambiente escolar e a premente necessidade de nos apropriarmos desse debate.



Muitas Escolas (na maioria pertencentes à rede particular) estão buscando tornar suas aulas mais dinâmicas, utilizando recursos tecnológicos de diversos tipos. Este não é um objetivo apenas da escola, esta demanda também parte dos próprios estudantes, uma geração cada vez mais multifuncional.

Estes jovens nasceram com um nível maior ou menor de acesso a internet e desenvolveram capacidades cognitivas diferentes das outras gerações.

Não é difícil hoje em dia, observamos jovens que estão com a TV ligada, usando várias abas de internet, jogando, pesquisando, vendo e produzindo vídeos, falando com 10 pessoas ao mesmo tempo no MSN, etc. Uma geração com capacidade multitarefa muito grande.
Tanto professores como estudantes vivem um momento de transição e os recursos digitais disponíveis hoje, ainda não foram totalmente explorados em suas enormes possibilidades.

Os avanços em tecnologia estão mudando o jeito de aprender dentro (e fora) das salas de aula. A experiência de investimentos de diversas escolas demonstra que há mais benefícios do que riscos nessa área.

Uma das alternativas buscadas pelas instituições é a distribuição de um computador para cada estudante. As escolhas vão de netbook´s aos Macbook´s que, entre outras coisas, permitem a utilização de podcasts e videocasts que substituem os trabalhos por escrito.

Pesquisas experimentais indicam que os novos recursos aumentam o interesse dos estudantes, suas ações colaborativas, a autoestima e seu papel como ator na produção do conhecimento.

O uso da web permite mudanças em velocidades gigantescas. Em determinadas escolas, é possível que o estudante acompanhe e participe da aula, mesmo estando em outra cidade pelo recurso streaming de vídeo. Estes instrumentos não diminuem a importância dos professores. Eles colaboram com suas atividades e ampliam a necessidade de dominar bem o conteúdo.

O uso da internet e de outras ferramentas tecnológicas tem mudado a relação professor aluno. Como por exemplo, o uso do Google, que permite aos estudantes acessar milhares de conteúdos, incentivando os professores a cada vez mais dominarem os assuntos da sala de aula.

Não é difícil observar atividades em que os estudantes descobrem novas formas de usar recursos digitais antes dos professores, como o uso de computadores em salas de tecnologia.

Em alguns casos, o uso dos laptops trouxe a redução do número de faltas, além da diminuição da evasão escolar. Aumentou também o interesse dos estudantes e sua autoestima.

Os estudantes percebem uma maior participação na construção do conhecimento, utilizando recursos que combinam com as características de sua geração multitarefa.

Testes experimentais com recursos digitais, realizados em algumas universidades, demonstram impressionante aumento da capacidade de atenção dos estudantes. Esses tipos de inovações mudaram inclusive o jeito de preparar aula, permitindo aos professores apresentar maior volume de conteúdo em menos tempo.

O uso de computadores tem contribuído para mudar a cultura da escola. Os recursos digitais podem ajudar na aprendizagem e no desenvolvimento de habilidades e competências de uma sociedade que exigirá muito do futuro “cidadão digital”.

Pesquisas mostram que, em sua maioria, os jovens acreditam que a escola é um grande instrumento que pode ajudá-los a ter ascensão social. Mas 80% deles acreditam que não é essa escola que conhecemos. Há muito que ela não consegue motivar os estudantes e dar sentido às suas experiências.

Este novo ambiente que sem sendo construído, permite uma maior aproximação dos anseios da juventude com a escola e o anseio de professores em tornar suas aulas mais atrativas e participativas. Permite a ampliação da discussão institucional sobre a educação pública e privada oferecida no país, bem como a discussão da criação de um novo conceito de escola.

Especialistas em educação avaliam que ainda assim, na maioria das escolas, onde as novas tecnologias digitais são empregadas, permanece a segmentação do ensino, a linearidade dos conteúdos das disciplinas curriculares e a fragmentação do conhecimento.

Essas inovações abriram uma série de discussões sobre o papel da escola e seu modelo. Nesse novo ambiente, @s professores poderiam ter mais autonomia para experimentarem mais, sem medo de errar.

Os estudantes poderiam ser considerados produtores de conhecimento (pra valer), pelos professores, pela escola e ter papel mais ativo neste processo. E assim a sala de aula poderá ser o que decidirmos fazer dela.

Apropriar-se da cultura digital também é reiventar a escola.

Serginho
www.twitter.com/serginho_ms